Histórias de assombrações, fantasmas e espíritos

Histórias verdadeiras, fatos verídicos, experiências reais do além. Fantasmas, espíritos, assombrações? Nós também buscamos descobrir a verdade.
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Hospital psiquiátrico nos EUA oferece visitas para os "caça aos fantasmas"

Há quem diga que o Asilo de Lunáticos Trans-Allegheny é um centro de atividades paranormais


Construído entre 1858 e 1881 para acomodar 250 pacientes, o Hospital Psiquiátrico de Weston fechou as portas em 1994


Eu costumava acreditar que todo mundo tinha uma história de fantasmas para contar. A melhor amiga da minha mãe sempre falava sobre um soldado que ela conheceu quando era contadora na Força Aérea dos Estados Unidos. Ele afirmava que era um fantasma e provava o que dizia ao andar em meio à pista de pouso iluminada pela luz da lua, desaparecendo em frente aos seus olhos. Outra amiga da minha mãe costumava trazer um tabuleiro de Ouija quando cuidava de mim. À medida que o indicador de plástico passava pelo tabuleiro, ela falava sobre as mensagens que o mundo espiritual enviava regularmente para ela. A culpa é das amigas da minha mãe, pois desde que me conheço por gente procuro desesperadamente por uma história de fantasmas que eu possa contar. 

Foi assim que acabei escutando barulhos suspeitos no meio da noite no Asilo de Lunáticos Trans-Allegheny, em Weston, West Virginia. Há quem diga que o edifício é um centro de atividades paranormais e é fácil entender por quê. Construído entre 1858 e 1881 para acomodar 250 pacientes, ele chegou a abrigar 10 vezes mais pessoas nos anos 1950. Era um bando de gente desligada do mundo, não apenas porque estavam em um hospital psiquiátrico, mas porque muitos haviam sido agredidos por pacientes violentos e alguns deles chegaram até mesmo a morrer.

Greg Graham, o Cabeça de Cobre (esq.), guia grupo durante visita ao local no meio da noite. Foto: Jeff Swensen/NYTNS

Às 2h da manhã eu estava ficando sonolento e minhas esperanças de me encontrar com um espírito de verdade já estavam desaparecendo. Agora o Cabeça de Cobre deveria nos levar à sala de recuperação da ala de lobotomia. Ele nos encaminhou por uma série de corredores, até chegarmos a um lance de escadas atrás de uma porta enferrujada que estava trancada. Quando entramos na sala, liguei minha lanterna e iluminei a tinta que se desprendia do teto em flocos do tamanho de pratos, além do vidro quebrado espalhado sobre o chão. Embora o único fantasma que eu tenha notado no quarto tenha sido o Fantasma do Amianto Passado, atendi às objeções de Thomas e fomos para um corredor que nos levava a uma série de câmaras de isolamento.

Assim que montamos a barraca, ouvimos um som estranho que vinha de uma parte distante do asilo – como se alguma coisa pesada fosse arrastada pelo chão. Thomas se levantou e perguntou se eu também havia escutado. No início, disse para ele que o som estava vindo da área sem fantasmas, que não era muito longe dali. Então, porém, escutamos de novo e, dessa vez, tínhamos certeza de que o som vinha do espaço onde ficava a porta enferrujada que levava à área da lobotomia. Quando ouvimos o som pela terceira vez, mais alto que antes, Thomas saiu correndo.

Ele voltou para onde o Cabeça de Cobre estava. Nós três caminhamos em silêncio por uma série de quartos com nossas lanternas e alguns deles ainda exibiam o velho equipamento do hospital e grades nas janelas, até que entramos em uma sala que estava coberta de materiais para o telhado. O Cabeça de Cobre pisou com a bota em uma das placas e escutamos o mesmo som. Estávamos na área proibida do asilo, o que significa que o som que ouvimos só podia ter vindo do além.

Todavia, Thomas não queria especular. Ele arrumou as coisas e foi para o carro que havíamos alugado, se negando a voltar para dentro. Acabei indo para o carro também e, enquanto íamos embora, olhei para as luzes fracas do asilo e pensei em todas as pessoas que conhecia e que tinham uma história de fantasmas para contar. Se eu fosse capaz de acreditar, finalmente teria a minha história.


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